"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas não faz mais do que existir. A verdadeira função do homem é viver, não existir". (Oscar Wilde)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Uma experiência marcante na minha formação...





Voltar a ser criança?


Experimentar novas sensações?

Encarar desafios?


Sentir o prazer da pura diversão?


Curtir maravilhosos momentos de (re)descobertas ao lado de pessoas amigas?


TUDO ISSO E MAIS UM POUCO!!! (Risos)




Sem sombras de dúvida que, hoje, a minha manhã, foi simplesmente
M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A!!

Nem sempre é fácil chegar aonde se deseja, mas... Quando queremos muito uma coisa e nos dispomos a alcançá-la, chegamos lá, não é mesmo?!

Hoje mais cedo tivemos o maravilhoso prazer em conhecer o tão esperado for the children museu (O Museu do Brinquedo para crianças, aqui em Salvador).

Sua criadora (Susan Murray) nos recebeu muito gentilmente para que pudéssemos conhecer o Espaço. Daí por diante foi só alegria!! (risos)
Um espaço inteiramente atrativo, onde as pessoas (principalmente as crianças, pois o museu é destinado a elas) podem interagir com tudo!! Curiosidades do mundo natural, Leis da física, Miniaturas interessantes, engenhocas... Tem de tudo e mais um pouco.
O que mais me surpreendeu foram as possibilidades de coisas fantásticas que podemos criar com materiais e coisas tão simples! Ou seja, mais vale uma ótima ideia e poucos recursos materiais do que material à vontade e nenhuma boa ideia. Susan provou a capacidade criativa e lúdica dos seres humanos! Como podemos ser criativos com tão pouco! Coisas simples se tornam ótimos brinquedos para a vivência das crianças.
Quem diria que estaríamos dentro de uma super bolha de sabão, não é mesmo?! Acredito que muita "gente grande" realizou alguns dos seus sonhos indo ao Museu! (risos)
A receita é a seguinte: Um pneu de caminhão cortado ao meio, água e detergente, põe um bambolê e... Está pronto!! Pode chamar o seu amigo para viajar num portal mágico feito de Bolha de sabão!! É delicioso! Acreditem! E quem não experimentou, tem que experimentar!
Fez parte da nossa aventura escalar uma Super teia de aranha, acreditem! (risos) Ainda bem que a dona dela não estava lá no momento, já pensou? Pelo que parece, ninguém caiu nas garras da D. aranha..rs
Foi preciso força... Aliás... Muita gente "enferrujada", hein? rsrs
Depois de enfrentar um desafio desses, experimentamos uma cama super gostosa. Uma espécie de cama d'água... É relaxamento na certa! Aprovação total da galera!
Quem nunca quis experimentar rolar num carretel que nem ratinhos de laboratório, hein?!rsrs
Pois é... Até isso tivemos por lá! E eu, é claro, não resisti nem um pouco!!
E ainda espero voltar lá e repetir a dose com o meu mais novo amigo Lucas, hein!
Ah!! Esqueci de falar dos deliciosos biscoitos em formato de dinossauro!! Simplesmente maradelícia (maravilha + delícia)!! Sem falar nas nossas peripécias numa das árvores do quintal (hein, Lucas!). De repente nos tornamos um bando de macaquinhos felizes! (risos)
Formas geométricas para as crianças criarem ao sabor da imaginação... Diversas possibilidades de se fazer bolhas de sabão... Fósseis de dinossauros por toda parte aguçam a curiosidade de alguns... Brinquedos para colaborar no desenvolvimento da coordenação motora fina das crianças... Espaço para contação de histórias... Alguns jabutis no quintal... Enfim... Como já disse, de tudo um pouco. Com muitas cores, criatividade, ludicidade, artes... Ficou provada a capacidade de criatividade do ser humano e do quanto podemos fazer para proporcionar “ricas” vivências às nossas crianças.


É engraçado como experiências aparentemente tão simples e bobas podem nos fazer enfrentar um estado de reflexão...
Nas experiências vividas hoje no Museu, na companhia de pessoas lindas, pude me dar conta de muitas coisas.
Estar pleno e consciente naquilo que estamos vivendo no momento nos possibilita tamanha reflexão depois do vivido. Chego à conclusão de que só posso pensar sobre aquilo que foi vivido por mim porque, de fato, passei pela experiência estando consciente dela. Caso contrário, isso não seria possível agora. Ainda que a reflexão não seja feita no momento mesmo da vivência em si, por ter sido plena posso fazer as devidas reflexões depois. Acontece até deu nem estar buscando pensar sobre a situação, mas... Como a vivência foi intensa, algumas reflexões, ou até mesmo algumas idéias, acabam surgindo depois do ocorrido. É uma espécie de insight, entende? Justamente porque a experiência foi forte o suficiente para “mexer” comigo. De certa forma, pode-se, então, dizer que quando uma experiência é plenamente vivida, inevitavelmente ela trará consigo algumas reflexões, podendo causar alguma espécie de mudança em nós... (sei lá... Os pensamentos vão surgindo..rs)



Mas, voltando às coisas das quais me dei conta hoje...
Pude perceber que em cada mínima ação nossa é preciso força, coragem, desprendimento, iniciativa de movimento, lançar fora os possíveis receios e medos do novo, da incerteza... Não devemos desistir diante da possibilidade de não conseguirmos realizar uma ação ou não vencer o que para nós representa um desafio. Não importa a idade que tenhamos, estaremos sempre tendo que vencer pequenos, médios ou grandes desafios. Viver, de per si, já representa um grande desafio. Existem desafios que são prazerosos de encarar, outros nem tanto... Mas, antes de tudo, é preciso agradecer a oportunidade de enfrentar desafios, afinal, o que seríamos sem eles?
Já reparou no sorriso ou na alegria de uma criança quando consegue realizar algo que já vinha tentando há algum tempo? A satisfação de vencer um desafio e silenciosamente, ou não, provar para si mesmo que é capaz de vencer etapas, é inexplicável. Não sei se estou conseguindo me fazer entender, mas acho que o que estou tentando dizer é que crescemos com os desafios. Estou querendo dizer quão necessários eles são na nossa vida e do sabor que sentimos em superá-los, por mínimo que ele seja. E isso independentemente da idade.
Passar por estágios, conforme nos ensina Piaget, é superar desafios e estar pronto para “subir mais o próximo degrau” da nossa escala de desenvolvimento, e assim sucessivamente.
Neste Museu, as crianças são convidadas às curiosidades, ao prazer, ao jogo, à brincadeira e principalmente (acredito) ao desafio. Ao desafio de se superar, de conhecer o novo e o diferente, ao desafio de se permitir!! Não há quem não goste! (risos). Até os adultos abrem espaço para suas “crianças internas” se deliciarem com algumas das brincadeiras. Quem sabe também é essa a intenção? Deixar claro o lado lúdico das coisas e que os adultos também são pessoas lúdicas! Às vezes, criamos a ideia equivocada de que somente a criança é um ser lúdico, mas sabemos que isso é um erro, não é mesmo?

Continuando na ideia do desafio e fazendo um paralelo com as vivências hoje mais cedo no Museu, ficou nítida para mim a importância que temos uns nas vidas dos outros. Do quanto precisamos uns dos outros. Cada um tem que trilhar seu próprio caminho, o que não quer dizer que não precisemos, vez ou outra, do apoio e da confirmação daqueles que estão à nossa volta. Um olhar... Um gesto... Uma atitude... É preciso estar atento ao nosso redor, pois alguém pode estar precisando do nosso apoio para superar algum desafio. O que parece simples para alguns, pode não ser para outros. E é neste momento que podemos, com muito jeito e amor, mostrar ao outro (que considera a situação um desafio intransponível) uma nova forma de enxergar a situação e revelar que ele pode sim vencer o desafio, basta se predispor para tal, deixando visível que você estará ali (ao seu lado) para apoiá-lo no que for preciso.

Outra boa reflexão foi a respeito da abertura que devemos ter ao novo, ao diferente (e aparentemente estranho), às mudanças... Enfim.. É preciso estar de braços abertos para a VIDA, que sempre em movimento nos reserva maravilhosas surpresas! Assim como a criança está sempre disposta a correr, a conhecer, a experimentar, investigar, devemos estar abertos ao momento e buscar viver intensamente o que a situação nos proporciona. Seria, talvez, sair da tal rotina que nos engessa e não nos permite viver algo fora do que já determinamos como padrão em nossas vidas. Não devemos nunca nos fechar, mas sim estarmos cada vez mais abertos às aventuras da vida!!


E por falar em aventura, quero agradecer a todos que desta participaram.
Primeiramente, ao nosso Criador Maior que nos enriquece sempre com a Sua Divina Graça! À Susan, por tamanha coragem em dar vida a um projeto tão maravilhoso e criativo. Precisamos de mais pessoas assim! Às meninas da faculdade, que muito corajosamente brincaram!! (risos) Foi divertido, não foi?! Parabéns pela entrega aos sabores do momento e da aventura! Afinal... Não é sempre que nos “desarmamos” e simplesmente brincamos que nem crianças. Agradeço à professora Fernanda, que muito deliciosamente tem conduzido as disciplinas de Arte-Educação e Ludologia. Tem sido fundamental sentir na pele a importância do Lúdico e da Arte na Educação. Compreender que somos lúdicos por natureza, mas que às vezes nos esquecemos disso e corremos o risco de nos tornarmos adultos sérios demais, tem sido extremamente relevante! Estamos entendendo verdadeiramente que aprender tem que ser prazeroso. É o que nossa pró Silvana nos ensina como o “Sabor do Saber”! Não posso ensinar a ver o lúdico das coisas, das situações, se não reconheço em mim e por mim mesmo o Lúdico. Como posso ensinar o caminho se nem mesmo o trilhei? Ainda como Silvana nos ensinou, se queremos que nosso aluno se apaixone pela leitura, temos que nos apaixonarmos primeiro. Não posso entender a importância do Brincar para a criança se nem mesmo consigo brincar. Tudo isso que digo pode parecer simples e até muito bobo. Mas acreditem, tem sido de total relevância na nossa formação. Teoria deve estar sempre atrelada à prática e vice-versa. Agradeço ao meu mais novo amigo Lucas pela oportunidade da brincadeira com alguém tão especial e corajoso! Se eu pudesse, daria a você uma super árvore de presente! Aproveito a oportunidade para agradecer às (aos) outras (os) professoras (es) deste e dos outros semestres, sem às quais também não teríamos construído tamanho aprendizado. Acreditem: tem sido muito bom e extremamente enriquecedor aprender com vocês. Já não somos mais as mesmas que entraram no primeiro semestre e esperamos aprender ainda mais no decorrer desta nossa jornada ao final do curso e sempre! Afinal, a vida é constante aprendizado e não podemos parar nunca! E, por fim, agradeço a mim também! Por tamanha desenvoltura e coragem de se entregar ao momento e às experiências vividas no Museu. Para mim, é fácil ser criança. Difícil mesmo é ser adulto.. Risos.. Mas, juro! Estou crescendo... (risos). Sem palavras para descrever a deliciosa sensação das brincadeiras... Subir na teia de aranha, rolar no carretel, fazer bolhas de sabão, montar formas, pendurar-me numa árvore que nem macaquinho, comer “cookies” em formato de dinossauro (ainda quero aprender esta receita, Susan!), menear num balanço, refastelar-me (acabo de descobrir que este verbo não está no Aurélio – risos) numa cama d’água admirando um belo céu azul.... Ufa.. Quanta coisa...!!

No mais... Desculpem qualquer coisa ou até mesmo algum equívoco na escrita. Fiz questão de deixar registrado (ainda que informalmente) um momento que considerei importante. E achei que deveria compartilhar com aqueles que, de alguma forma, estão envolvidos nisso. Claro que nem tudo está aqui. Alguns detalhes podem ter passado despercebidos.
Vale lembrar que todas as considerações aqui feitas são pessoais e cabem nas reflexões acerca da Educação: abertura ao novo, ao diferente... Desafios... Importância que assumimos na vida de outras pessoas... Ludicidade... Arte... Brincar... Mudanças... O olhar... Auto-confiança...
Em alguns momentos tive exemplos claros do que aprendemos na disciplina de Psicomotricidade a respeito do Esquema e da Imagem Corporal
.





Beijos coloridos e brincantes com aroma de jasmim,


Fabiane Leal (extremamente feliz no dia de hoje e sem receio de se revelar)
13/06/2009



Link do Museu para quem desejar dar uma olhada:
http://www.forthechildrenmuseu.org/index2.html

4 comentários:

  1. Que legal esse museu, pena que não pude ir, mais como você mesma disse temos que sair da rotina, e conhecer o novo. Próximo ano com fé em Deus, vou conhecer esse museu^^

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  2. Quem sabe vamos juntas, ou formamos um novo grupo, Lary! Já estou pensando nisso. E em outras visitas também!! Mas, vamos sim!!

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  3. Estava afastasa da faculadde por motivos de saúde e não sabia do blog.
    Hoje olhando os emails vi e adorei a idéia meninas!
    Está lindo.Parabéns!

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  4. Que bom que gostou Elisa!! É nosso! Portanto contamos com a sua participação aqui também, viu! É uma forma de nos aproximarmos e compartilharmos saberes que nos são relevantes! Apareça sempre!

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